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quinta-feira, 1 de março de 2012

Metade dos obesos que reduzem o estômago volta a engordar.

Reportagem do Programa Bem Estar - 29/02/2012

Médicos explicam quais pessoas podem fazer a cirurgia bariátrica.
Veja os principais procedimentos e os prós e contras deles.


Metade das pessoas obesas que fazem redução de estômago volta a engordar parcialmente, e 5% ganham todo o peso de novo. Por isso, não adianta apenas se submeter à cirurgia bariátrica: é preciso mudar de hábitos e manter uma reeducação alimentar para o resto da vida.

A operação também deve ser a última alternativa para quem precisa emagrecer – seja por obesidade mórbida ou por doenças associadas ao excesso de peso. Ao contrário do que muita gente pensa, o estômago de indivíduos gordos não é maior nem mais elástico que o dos magros.

Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern e o cirurgião bariátrico Marco Aurélio Santo, a redução de estômago não faz milagres e envolve riscos, além de eventuais complicações no pós-operatório, como todo procedimento de alta complexidade.

Após a cirurgia, estudos apontam uma perda média de 60% do peso original, que costuma ocorrer em até um ano e meio. A pessoa passa a sentir menos fome, pois a operação mexe com hormônios como a grelina, que regula essa vontade de comer. Em 85% dos casos, quem tem diabetes tipo 2 também deixa de manifestar a doença.

Esse tipo de operação é praticado no Brasil há 20 anos, e cada vez mais há pacientes que passam por ele – o país já é o segundo no mundo em número de pacientes.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, 60 mil procedimentos foram realizados em 2010 no país, um aumento de 33% em relação a 2009. Desse total, 35% foram por videolaparoscopia, que é menos invasiva (com 5 ou 6 incisões milimétricas no abdômen) e já coberta pelos planos de saúde. No Sistema Único de Saúde (SUS), geralmente é feita a cirurgia aberta, que faz um corte maior na barriga.



Tipos de cirurgia e consequências

Há basicamente três tipos de bariátrica: a que apenas reduz o estômago, a que diminui e modifica um pouco o curso do intestino e a que reduz e altera muito o curso intestinal. Esse desvio permite que o intestino absorva menos gordura, além de estimular a produção de hormônios que diminuem a fome e melhoram a diabetes.

Nas primeiras duas ou três semanas, o paciente deve bebericar, a cada meia hora, cerca de 100 ml de líquidos, como água, chá, gelatina, água de coco, isotônico e caldos caseiros de carne e frango, sem resíduos. Passada essa fase, entram pequenas quantidades de macarrão, carne moída, purê e outros alimentos pastosos.

Os médicos destacaram alguns possíveis efeitos da operação, como anemia, perda de cabelo e gases. Também pode ocorrer o chamado "dumping", um mal-estar quando é ingerido muito líquido ou alimento de uma vez só. Por isso, é preciso engolir em pequenos goles e mastigar bem a comida. Além disso, a quantidade de água consumida deve ser suficiente para deixar o xixi bem clarinho, destacou Halpern.

Ter sucesso na cirurgia bariátrica significa, após 5 anos, ter perdido pelo menos metade do excesso de peso. Por exemplo, uma pessoa de 100 kg cujo patamar ideal é 60 kg precisa estar com até 80 kg. Para indivíduos com índice de massa corporal (IMC) entre 35 e 40, o sucesso é de 90%. Para IMCs maiores, a taxa cai para 70%.

É importante tomar cuidado especial com os carboidratos (pães, massas e doces), que são facilmente absorvidos e digeridos, mesmo pelos operados. Gorduras e proteínas também devem ser evitadas.

As complicações mais graves dessa cirurgia são os sangramentos (2% dos casos), infecções, vazamentos de costuras, embolia pulmonar e hérnias. Também pode haver obstrução intestinal, mesmo depois de muito tempo da operação.
Durante pelo menos 18 meses, é possível ficar com sobras de pele. Esse é o prazo para perder peso e fazer uma cirurgia plástica.

Para realizar a bariátrica, certifique-se de que seu médico é um cirurgião com formação específica e verifique se a equipe dele inclui endocrinologista, nutrólogo ou nutricionista e psiquiatra ou psicólogo.

No hospital, são necessários um anestesista, um fisioterapeuta e uma equipe de enfermagem. O hospital também precisa ter uma unidade de terapia intensiva (UTI) para eventuais emergências.



Outros cuidados

- Precisa haver a compreensão do paciente e dos familiares sobre os riscos da cirurgia e também mudança de hábitos

- O acompanhamento pós-operatório deve ser feito com uma equipe multidisciplinar, a longo prazo

- A cirurgia não é milagrosa: a obesidade é uma doença crônica e deve ser controlada a vida inteira



Dados brasileiros

- Segundo o IBGE, até 2010 havia 12,5% dos homens adultos com obesidade e 16,9% das mulheres

- A incidência é maior entre homens de 45 a 54 anos e mulheres de 55 a 64 anos

- O excesso de peso e a obesidade atingem de duas a três vezes mais homens de maior renda, em áreas urbanas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste



Possíveis consequências da cirurgia

- Fraqueza
- Anemia
- Queda de cabelo
- Dificuldade para ingerir grandes quantidades de líquido e comida
- Excesso de pele, que pode ser corrigido com cirurgia plástica

Festejando um ano de Operada !!!


Hoje dia 22 de Fevereiro de 2012 completo um ano de operada pelo Dr. Marcello Paiva do Instituto Barroso.
Foi a melhor escolha que já fiz em minha vida!!!
Quando liguei para marcar a primeira consulta, achei que não daria em nada, pois Planos de Saúde nem sempre concordam com algumas necessidades.
Minha consulta foi marcada para 04 dias após meu aniversário, e pra minha surpresa e felicidade, o médico disse que eu tinha grandes chances sim de operar e tudo custeado pelo plano. Minha irmã Renata estava comigo na consulta e ficou muito feliz. Ao chegar em casa contei para minha mãe e o meu namorado tudo sobre a cirurgia, e é claro que de cara disse que estava decidida a fazê-la. Ambos no inicio não curtiram muito, pois uma cirurgia é sempre arriscada. Tempos depois eu tinha não só o apoio dos três, mas de muitos outros como familiares e amigos. 
A cada dia é uma vitoria, como nos alcoólicos anônimos podemos dizer: Hoje são X dias que eu não comi compulsivamente !!!
Sei que é apenas o inicio de uma longa caminhada, mas perceber que deixei de vestir 54 pra vestir atualmente um 36 é maravilhoso, e da uma puta injeção de animo pra encarar a nova vida.
 Neste carnaval, como há muitos anos não fazia, coloquei um biquíni!!! Mesmo estando com os seios caídos, e a barriga pelancuda (hehehehe) eu fui curtir uma praia. Pouco me importei com os olhares, ali era eu a Michele que tinha desaparecido há muitos anos atrás, radiando felicidade pra todos os lados. 
Ainda tem algumas mudanças para acontecer, neste ano que se inicia pretendo fazer a plástica reparadora na barriga e nos seios com direito a um implante de silicone, dai sim tudo estará completo.
É, acho que é isso, alguns quilos mais magra e com uma imensa felicidade com a escolha que fiz.
A cada dia uma superação e por trás dela uma vitória!!! Assim será por toda a minha vida.